Em maio de 2008 a USIMINAS começou as obras para instalação da coqueria 3 (já existem duas) na siderúrgica situada em Ipatinga - MG. Conversei com um amigo que já visitou uma dessas coquerias, e nas palavras dele "é a visão do inferno", o ambiente é extremamente quente, os trabalhadores ficam submetidos à altíssimas temperaturas (os fornos trabalham em temperaturas próximas a 1300 ºC) por horas e em péssimas condições de trabalho.
A segurança parece não estar nas pautas de discussão da empresa. As roupas dos funcionários que ali trabalham, não apresentam qualquer proteção especial, sendo que estes trabalham próximos à peças incandescentes que em contato pode amputar um membro, estão em constante contato com gases tóxicos como o monoxido de carbono (que traz problemas respiratórias e dependendo da quantidade causa morte), alguns cancerígenos como o por exemplo o benzeno, que causa leucemia.Talvez por isso a Usiminas não permite a entrada de pessoas de fora da empresa (sem um burocrático processo de autorização) e nem que os funcionários portem objetos eletrônicos dentro da empresa (como Notebooks e maquinas fotográficas) , lá dentro não é permitido fotografar, o argumento que a empresa sustenta para manter essas medidas é o de "espionagem industrial", descumprimento dessa regra pode resultar em demissão.
E o sindicato, e a população, ninguém faz nada ? O sindicato é mais um braço da empresa do que defensor de causas trabalhistas, é um markenting para a boa imagem, algo para dizer "olha nossos trabalhadores tem seus direitos defendidos". A empresa exerce um forte controle na economia da cidade, por isso muita coisa convenientemente não aparece.
A Usiminas já teve a sua história manchada algumas vezes, como no caso do mensalão, em que ela é citada como um dos mais antigos clientes da agência de publicidade SMP & B de Marcos Valério, e teria feito doações "por fora" para alguns políticos, como o ex-prefeito de Belo Horizonte Roberto Brant. Outro caso mais distante e não menos importante, é o massacre de Ipatinga, ocorrido no dia 7 de outubro de 1963, a empresa não querendo ceder aos protestos dos trabalhadores convocou a Policia Militar, que combateu o movimento a tiros os trabalhadores desarmados.