terça-feira, 3 de junho de 2008

A moral e a não-renovação da concessão da emissora RCTV

"Os capitalistas chamam de liberdade a dos ricos de enriquecer e a dos pobres de morrer de fome; chamam de liberdade de imprensa a compra dela pelos ricos, servindo-se da riqueza para falsificar e manipular a opinião pública..." V.I. Lênin
Na noite de domingo (27/05/07) a concessão de transmissão da Rádio Caracas de Televisão (RCTV) encerrou-se após 53 anos. No início do ano o governo da Venezuela decidiu não renovar a concessão desse canal privado. Em 2002 a RCTV e a emissora Venevisión, teleguiadas pelo império estadunidense, articularam a tentativa fracassada de golpe de estado contra Hugo Chávez. Além disso, o governo bolivariano da Venezuela alega que a emissora jamais cumpriu sua função social, servindo apenas a interesses privados e a deturpações jornalísticas a serviço do grande capital.
No lugar da RCTV o governo colocou no ar a TV pública TVes, televisão controlada por trabalhadores, movimentos sociais e cuja programação vem majoritariamente de produtores independentes da Venezuela e da América Latina.
A histeria neoconservadora à não-renovação da RCTV serviu para rearticular a direita venezuelana, que vem sofrendo sucessivas derrotas no radical processo de mudanças do país: estatizações, poder popular, alto crescimento econômico e reforma agrária. O bloco pró-imperialista está articulando algumas manifestações visando pressionar o governo; com direito a presença "secreta", nas marchas opositoras, de um dos chefes sul-americanos da CIA (inteligência norte-americana) Bowen (Owen) Rosten, conforme foi denunciado no programa televisivo do ex-vice presidente da república José Vicente Rangel.
O ponto alto da reação foi neste domingo (27/05/07), quando milhares de seus manifestantes atacaram, inclusive com armas de fogo, o edifício da Comissão Nacional de Telecomunicação (CONATEL) na tentativa de impedir o fim das transmissões da RCTV.

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