terça-feira, 17 de junho de 2008

RJ: Onda de revolta invade o Morro da Providência

A ação covarde de integrantes do Exército Brasileiro, que entregaram três moradores do Morro da Providência para morrer nas mãos de traficantes do Morro da Mineira, no Catumbi, gerou uma onda de indignação que invadiu as ruas e a internet. Enquanto o movimento social organizado realiza protestos pela cidade, jovens e amigos das vítimas também registraram seu lamento e pesar em várias comunidades do Orkut.

Marcos Paulo da Silva, de 17 anos, Wellington Gonzaga Costa, 19, e David Wilson Florença da Silva, 24, moradores do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio, foram torturados e assassinados pelos traficantes.

O primeiro protesto da comunidade aconteceu na última segunda-feira e, para não fugir a regra, teve violência contra a população. Foi após o enterro, quando amigos das vítimas fizeram um ato público em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML). A manifestação foi interrompida à base de tiros de borracha e bombas de efeito moral.

Diante da repressão organizada, as famílias do morro radicalizaram. Pressionadas pela violência dos traficantes que aliciam e recrutam cada vez mais jovens e discriminadas pelas autoridades mantidas com dinheiro público e que deveriam protegê-las e dar-lhes segurança (um direito constitucional), elas começaram também a divulgar o seu repúdio na rede mundial de computadores.

A comunidade pede justiça contra os traficantes e contra os integrantes do Exército. “Queremos o suicídio dos criminosos!”, “Justiça será feita, custe o que custar!” e “Os criminosos devem responder pelos seus crimes!” são as principais frases das comunidades virtuais do Morro da Providência.

Uma delas, com quase 4 mil integrantes, traz o seguinte aviso:
“NÃO FAZEMOS QUALQUER TIPO DE APOLOGIA... MAS TAMBÉM NÃO REPREENDO!”

2 comentários:

Anônimo disse...

Só o povo pode liberta o povo.Avante morro da Providência,avante comunistas revolucionários!!

Wander disse...

É preciso que se aproveite o momento em que a questão da violência no Rio de Janeiro está na mídia, no mundo todo. O exército, mais cedo ou mais tarde, irá embora e as favelas ficarão novamente entregues ao BOPE; os assassinatos continuarão e tudo voltará a ser como antes.
É preciso que se denuncie internacionamente o governador Sérgio Cabral, o verdadeiro artífice desses crimes. Só assim isso terá um paradeiro.