quarta-feira, 11 de junho de 2008

MST: "queremos produzir alimentos"

Em meio ao furacão da crise de alimentos que vem mobilizando governos e sociedades em todo o planeta, o Movimento dos Sem Terra (MST) divulgou um manifesto em que defende a agricultura familiar como a alternativa para que a comida chegue nas mesas de todas as famílias.
Com o título "Queremos produzir alimentosContra o agronegócio e em defesa da agricultura camponesa", o MST marca posição contra a concentração de extensas áreas de terras por empresas nas mãos dos mais ricos. A instituição também denunciou a falta de apoio à agricultura camponesa e fez um alerta para o agravamento da crise dos alimentos nos próximos anos, fato já constatado também pela Organização das Nações Unidas (ONU).
"O atual modelo econômico, baseado no agronegócio e no capital financeiro, quer transformar os alimentos, as sementes e todos os recursos naturais em mercadoria para atender os interesses, o lucro e a ganância das grandes empresas transnacionais. Para isso, esses grupos econômicos se apropriam de terra, águas, minerais e biodiversidade, privatizando o que é de todos. Além disso, desmatam as florestas e deterioram os solos com a monocultura. Também aumentam a exploração dos trabalhadores, precarizam, retiram e desrespeitam os direitos trabalhistas, causam desemprego, pobreza e violência", afirma o manifesto, que traz uma série de sugestões e idéias valiosas para a retomada da produção de alimentos no País - com efeitos imediatos nos preços.
O MST também cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o cumprimento de promessas de campanha, assinadas em 2002, onde o então candidato se comprometia a construir 100 mil casas por ano para as famílias camponesas. A medida, na época, foi defendida pelo próprio Lula como forma de evitar o êxodo rural.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO MANIFESTO AQUI

2 comentários:

Vendetta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vendetta disse...

'A crise de alimentos, não é causada por uma falta de produção física, mas sim pela especulação nas bolsas da Chicado e da BM&F, pois, o capital monopolista, com a liberalização comercial dominou a produção de vários sub-ramos da agrucultura e assim controlam a produção mundial para preservar os preços no espaço, devido a seus poderes de mercado.
'O MST, deve lutar por uma proposta fundada na propriedade coletiva e agricultura orgânica, voltado para a economia nacional. A propriedade coletiva evita os problemas de venda das terras devido a pressão monopolista. A agricultura orgânica, preserva os agricultores contra a concorrência monopolista, no sentido de que o insumo de sua produção não vem do mercado, portanto eles não falem.E deve ser voltada para economia nacional, pois pode atender a demandas de regiões mais pobres. A pressão politica deve ser pautada nisso, desta maneira é possível vislumbrar uma aliança entre camponese, operários rurais e urbanos num cenário persistente de inflação de alimentos.